quinta-feira, 5 de abril de 2012



QUARTA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 2012

RESSURREIÇÃO DE CRISTO A BASE DA FÉ CRISTÃ

O episódio da Ressurreição de Jesus, passaria despercebido se não fosse a perseverança dos primeiros cristãos, sobretudo o testemunho dos Apóstolos e das santas mulheres que acompanharam o Mestre até a Cruz. 
Maria a mãe de Jesus, Maria de Cléofas e Maria Madalena, foram as primeiras a chegar ao túmulo de Jesus e não o encontraram. Porém, um anjo do Senhor apareceu-lhes dando a notícia que não podia estar morto Aquele que está vivo. (Mc 16, 9-11)
Madalena foi a primeira a ver o Cristo Ressuscitado. Jesus manifesta sua vitória a uma mulher que a muito era desprezada, humilhada pela sociedade e depois resgatada pelo Senhor Jesus para uma nova vida. Madalena é uma personagem importante no episódio da Ressurreição. Jesus valorizou tanto a conversão daquela mulher que não o deixou, nem mesmo diante da Cruz, quando desprezado e humilhado estava ali junto à Maria de Nazaré. Quer alegria não foi saber que Jesus lhe manifestara sua vitória sobre o pecado e a morte. E quanta a alegria a dar a notícia a Pedro e os demais. Ela não tinha mais dúvidas, estava certa de que sua adesão ao Senhor Jesus, sua esperança, sua mudança de vida foi totalmente plenificada quando viu Jesus Ressuscitado.

Os Apóstolos que tinham conhecido Jesus, estavam com ele o tempo todo, viram os milagres, não quiseram acreditar, (v.11): Jesus precisou recordar-lhes tudo que estava predito nas Escrituras e mais ainda, precisou mostrar o que eles ouviram de sua própria boca mas não guardaram em seus corações. Quando no caminho para Emaús, deu-lhes uma aula de catequese, mostrando-lhes as verdades sobre tudo que os Profetas anunciaram a respeito de Jesus. E, mais uma vez foi através de um gesto simples, mas único, o modo de Jesus partir o pão, que perceberam que realmente, aquele era Jesus que estava com eles. 
Mas a ressurreição de Jesus é o cume total da salvação. Jesus derrotado não salvaria ninguém. Mas, vencendo a morte acabou a maldição do pecado, agora temos de volta o direito de entrar no céu novamente. Satanás foi derrotado, a morte está vencida. Jesus selou com seu sangue na Cruz e Ressuscitou, abriu-se o túmulo, se antes ninguém podia entrar, o pecado impedia, agora Jesus mesmo preparou-nos um lugar; ( Jo14, 2-3). E todos que crerem em seu nome serão salvos. (Mc16, 16) Essa garantia de salvação está na vitória sobre a morte. 

Ah! meus amigos (as). Este episódio da ressurreição de Jesus que aconteceu a mais de 2.000 anos, ainda hoje se repete na vida de muitas pessoas. 
Quantos cristãos que não acreditam ainda na Ressurreição? Quantos que ainda não experimentaram esse Jesus Ressuscitado, verdadeiramente presente na Eucaristia?

São Paulo nos diz que: "se Cristo não tivesse ressuscitado vã seria a nossa fé". Claro! pois quem acreditaria em um Jesus derrotado. Mas Jesus é o verdadeiro Deus e verdadeiro homem e está ressuscitado. A Igreja Católica, não é uma igreja de gente que acredita no Cristo morto da Sexta-feira da Paixão, mas é a Igreja do Cristo Ressuscitado, vitorioso que nos redimiu e nos salvou.
Por isso a Ressurreição não é uma festa só dos santos, mas é também uma festa dos pecadores que através de Jesus, a Porta Aberta, pela qual entramos para a salvação.

Hoje  ouvimos falar tanto na doutrina espírita da reencarnação, que, nós cristãos, temos que repensar, se estamos vivendo esta mesma fé e esta mesma verdade da Ressurreição, pois, se acreditamos em Jesus, não podemos fazer como aqueles discípulos e os Apóstolos fizeram. Temos que ser como Madalena, se alegrar com a Ressurreição.

Neste tempo propício da Páscoa ainda celebramos Jesus Misericordioso. A misericórdia de Deus Pai através de seu filho Jesus Cristo que com amor e por amor tudo fez pela nossa salvação. A ressurreição de Jesus explica bem a infinita misericórdia de Deus por nós. Ela mostra o quanto Deus nos ama e nos quer bem a ponto de nós também um dia ressuscitarmos com Ele.
     
Jesus que traz consigo este presente para toda a humanidade, o direito de alcançar a sua misericórdia.
Falar da Ressurreição sem falar da divina misericórdia é falar de um simples acontecimento da história. Mas quando olhamos para a misericórdia do Pai que em Jesus nos quer redimir com seu amor, então lembramos das palavras de São João Evangelista quando escreveu:"Todos nós recebemos da sua plenitude graça sobre graça. Pois a Lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram de Jesus Cristo!"  (Jo1, 16)  - Pois bem, pela ressurreição de Jesus recebemos a graça de vivermos com Ele uma vida nova. Ao abraçarmos esta misericórdia de Deus Filho por nós estamos proclamando o amor infinito do Pai por todas as criaturas, pois Ele enviou seu Filho pela salvação do mundo inteiro.
Por isso que a teologia da Igreja vem nos explicar que do lado aberto de Cristo,  transpassado pela lança do soldado, jorrou sangue e água, isto é, do coração de Jesus Cristo jorram as graças trazidas pelo seu sangue derramado na Cruz salvação e ao mesmo tempo infunde em nós a presença do Espírito Santo pela água do batismo, e esses dois, nos conduz plenamente à ressurreição. É Jesus quem nos revela sua divina misericórdia através de seu peito aberto, rasgado de amor por nós.

Por isso que nós cristãos, sobretudo nós católicos, devemos acreditar na ressurreição como única promessa e certeza de que a Ressurreição de  Jesus é a nossa Ressurreição.
Não podemos nunca trocar a ressurreição pela reencarnação, porque, se de fato cremos em Jesus e em tudo que ele fez por nós, se cremos em sua misericórdia por nós temos que acreditar que Cristo não morreu em vão e nem ressuscitou em vão, mas foi por nós, por amor a nós.
A reencarnação tira o valor divino da ressurreição, para por no lugar uma incerteza, quanto que Jesus antes de subir ao Pai, na última ceia disse: "Vou preparar-lhes um lugar, para que onde eu estiver, vós também estejais!" - só estas palavras de Jesus provam o quanto é importante celebrar e acreditar na ressurreição. Celebrar a Páscoa é isto, é celebrar a festa da Vida Nova que Jesus veio nos trazer.

Mas também é nunca esquecer que Jesus transferiu para nós o dever de anunciar o Evangelho, de libertarmos as pessoas, de levá-lo conosco aos nossos irmãos mais necessitados e ao mesmo tempo ir ao encontro dele na pessoa do pobre, do carente, do indigente, do imigrante, do sem teto, dos doentes, dos presos, dos famintos e sobretudo, levá-lo aqueles que perderam os sentido da vida e o modo de reencotrar o caminho de volta para Deus. (Mc16, 15-18)         

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