domingo, 16 de junho de 2013

                    Sacramentos

Canais por onde nos chegam a Graça de Deus
Sinais sensíveis, instituídos por Cristo, para o bem do povo, e que celebrados e vividos modificam interiormente e exteriormente a quem os recebe.
Os Sacramentos estão ordenados a Santificação dos homens, á edificação do corpo de Cristo, e enfim á prestar culto á Deus: Como sinais, tem também á função de instruir, fortificar e alimentar a fé.
São sinais sensíveis, porque por eles sentimos Deus agindo em nós.

Os sete sacramentos são visíveis e eficazes se vivermos em comunhão com Deus.
Estes sinais nos acompanham a vida toda.


Batismo:

 Ao nascermos  nascemos para a vida, para o mundo... nascermos também para Deus .Através do Sacramento do Batismo.
O Batismo é o sacramento da fé. Mais a fé tem necessidade da comunidade dos que crentes. cada um dos fiéis só pode crer dentro da fé da Igreja. Esta fé vai se desenvolvendo pela vida toda. professada pelos pais e padrinhos, que se comprometem de educar a criança nesta fé que professa. ao catecúmeno é perguntado" o que pedis á Igreja de Deus?"  O padrinho responde por ele "a fé". (Há um só corpo de Cristo - a Igreja - e um só Espirito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança. Há um só Senhor, uma só fé, um só Batismo...(Ef 4-5s).
O Batismo nos faz membros do corpo de Cristo, se somos nós a Igreja de Cristo, como membros deste  Corpo, somos membros uns dos outros " fomos todos Batizados num só Espirito para sermos um só corpo"   (1 cor 12,13).
                                   Sinais e símbolos do Sacramento do Batismo


Nas Igrejas católicas você não vê nomes escritos nelas, nem em placas, você vê apenas um sinal; a Cruz. A cruz é por excelência o sinal do Cristão, nela o Cristo morreu por nós. e se entregou livremente á Deus Pai,oferecendo-se por nós
No dia do Batismo a criança é recebida na Igreja em nome do Pai do filho e do Espirito santo, e assinalada com o sinal do cristão.

O sinal da Cruz:
Assinala a marca de Cristo naquele que vai pertencer-lhe, significa a graça da redenção, que Cristo nos proporcionou por sua Cruz, a partir de agora tem um nome e é por Deus chamado por esse nome, e seus pais e padrinhos respondem com amor ao chamado que Deus lhe faz.

O óleo:


a criança é ungida com o óleo dos catecúmenos no peito, os pais e padrinhos renunciam por ela á satanás, e livre eles professam a fé da igreja.

A profissão de fé:


O Batismo é dado em nome do pai do Filho e do Espirito Santo, as verdades desta fé deve ser professada no Batismo. cremos em só Deus, em três pessoas. Na Igreja fundada pelo próprio Jesus,  na comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição e na vida eterna. esta é a nossa fé.

 A água:

Ela é o Batismo, pela água "a semente incorruptível da palavra de Deus produz seu efeito vivificante, o sacramento acontece quando o Padre ou o ministro derrama a água na cabeça da criança chamando-a pelo nome "n..., eu te Batizo em nome do pai ,do filho e do espirito santo.

A unção com o óleo do crisma:


Óleo perfumado consagrado pelo Bispo, significa o dom do Espirito Santo ao novo Batizado. este tornou-se um cristão ungido pelo espirito santo, incorporado a Cristo, que é ungido sacerdote profeta e Rei.

A veste Branca:

Significa que o batizado vestiu-se de Cristo e toma parte com ele na ressurreição.

Círio pascal:


a vela acesa no círio Pascal significa que Cristo iluminou o novo cristão, ele é agora luz do mundo(Mt 5,14).

                                         Eucaristia

 Aos 12 anos, depois de catequizados, a recebemos. Assim como necessitamos de comida e bebida para fortalecer o corpo, precisamos também de fortalecer a alma. pelo corpo de Cristo.
A Palavra Eucaristia, quer dizer "ação de Graças" A Eucaristia é a própria missa, sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo, o Cordeiro imolado que tira os os pecados do mundo, instituída por ele num sacrifício único para a vida toda, por isso a pedido dele, em cada missa, nós reoferecemos juntamente com ele  a Deus Pai o valor deste sacrifício, pelos nossos pecados e pelos do mundo inteiro, e cremos firmemente que o Santíssimo Sacramento é próprio Deus, que se fez alimento para nossa alma. Jesus é o centro da nossa fé, e todas as vezes que participamos da missa,  estamos participando do sacrifício de Jesus na cruz.
Para explicar esse alimento sagrado, São Francisco de Sales, no seu livro filotéia nos conta que um Rei da Ásia inventou um alimento que o preservava de todo e qualquer veneno,estando ele, para ser preso pelos Romanos, tentou de todas as formas se envenenar e não conseguiu. ele conclui seu pensamento "Não foi isso mesmo que fez nosso Divino salvador dum modo verdadeiro e real no augustíssimo Sacramento do altar, onde ele nos dá seu corpo e sangue como um alimento que confere a imortalidade?".

Pela comunhão aprendemos amar mais a Jesus, livrar-nos de nossas misérias e aflições e fortificar-nos nas nossas fraquezas.

                                                           Penitência
É bom saber também o que São Francisco de Sales tem a dizer pra nós, sobre esse Sacramento.
"Nosso Senhor instituiu na sua Igreja o sacramento da Penitência, ou Confissão,para purificar as nossas almas das suas culpas,todas as vezes que se acharem manchadas.Nunca permitas, Filotéia, que teu coração permaneça muito tempo contaminado do pecado, tendo um remédio tão eficáz e simples contra a sua corrupção".
 Se caímos não podemos permanecer no chão, é Deus que vem ao nosso encontro, através da reconciliação.
Depois que Jesus ressuscitou, apareceu aos discípulos saudou-os dizendo" A paz esteja com vocês"  e depois soprou sobre eles dizendo "recebam o Espirito Santo, a todos aqueles a quem vocês perdoarem os pecados , serão perdoados mas aos que vocês não perdoarem não serão perdoados". leiam Jo 20,19-23
Deus nos criou a sua imagem e semelhança e nos dotou com o dom da liberdade. Tudo que fazemos é por nossa livre vontade, se ferimos ou magoamos as pessoas o fazemos por nós mesmos. Deus nos dá o seu amor, e pede-nos somente que o amemos e amemos uns aos outros.
 O pecado nos afasta de Deus e nos torna infelizes.
Para uma boa confissão devemos:
 Reconhecer os nossos erros, fazendo um bom exame de consciência. Se ofendemos alguém, pedir o seu perdão . Pedir o perdão de Deus. ARREPENDIMENTO.
Falar com o sacerdote dos nossos pecados e do nosso desejo de não mais pecar. CONFISSÃO.
Depois de nos orientar o sacerdote nos dá o perdão de Deus e da Igreja. ABSOLVIÇÃO.
Assumimos o compromisso de ser bom Cristão com uma oração fervorosa, ou uma ação em beneficio de um pobre. Penitência.
Se recebermos o Sacramento da penitência realmente arrependidos, vamos nos sentir verdadeiramente em paz , e de mente tranquila, vamos ter a consolação Espiritual que necessitamos.
Conforme o mandamento da Igreja, é nosso dever de Cristão nos confessarmos ao menos uma vez ao ano, e em pecados graves não comungar do corpo de Cristo.

                                                             CRISMA
Juntamente com  o Batismo e a Eucaristia, o Sacramento da confirmação constitui o conjunto dos "SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO CRISTÃ" a união destes três Sacramentos, nesta ordem, dá ao Cristão um perfeito e mais forte vinculo com a Igreja, enriquecendo-o da força do espirito Santo. Da parte do Cristão ele deve levar Cristo aos corações, como verdadeiras testemunhas deste Cristo, difundir e defender sua fé, tanto por palavras como por obras. O Espirito Santo, nos anima, nos fortalece, somos capacitados pelo próprio Espirito através de seus dons, se pelo Batismo nascemos, pela Crisma crescemos na fé.
O RITUAL: A matéria do Sacramento da Crisma, é o Santo óleo da oliveira (azeite) misturado com balsamo perfumado, na missa dos Santos óleos, na quinta feira Santa pelo Bispo, essa matéria é usada na cerimônia da Crisma junto com a imposição da mão sobre a cabeça do Crismando.
 O bispo traça o sinal da Cruz com o óleo na fronte do Crismando e diz "Eu te marco com o sinal da Cruz e te confirmo com o Crisma da Salvação, em nome do Pai do Filho e do Espirito Santo"  E o Bispo da um leve tapa no rosto do crismando, para significar que ele é um soldado de Cristo e como soldado deve suportar em nome de Cristo toda sorte de sofrimentos e injurias, defender a sua fé quando atacada conhecer e difundir a Doutrina, e mais, ser um verdadeiro imitador de Cristo, para o merecimento do nome de "Cristão".
                                                             
                                                 MATRIMÔNIO
MATRIMONIO: No momento definitivo de comunhão, Deus vem santificar o Noivo e a Noiva, afim de que na comunhão constituam família Santa e feliz através dos laços sagrados do casamento. O próprio Deus é o autor do Casamento, a vocação para o casamento está inscrita na própria natureza do homem e da mulher, conforme saíram da mão do criador. Deus os criou homem e mulher á sua imagem e semelhança, por amor sem limites a sua criação, e esse amor abençoado por Deus é destinado a ser fecundo " Deus os abençoou e lhes disse, sede fecundos,multiplicai-vos enchei a terra e submetei-a".(Gn 1 .28).
O casal se acolhem, se entregam, e este pacto, esta aliança entre o casal é selado pelo próprio Deus. A aliança dos esposos é integrada na aliança de Deus com os homens, estes laços tem exigências, a serem cumpridas e respeitadas, Fidelidade um ao outro, a família gerada desta união é responsabilidade dos cônjuges. Para Deus e para a Igreja esta união é indissolúvel.


                                                A ORDEM
A ordem é um sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo e seus apóstolos continua sendo exercida na Igreja até o fim dos tempos; é portanto o sacramento do ministério apostólico. comporta três graus: O episcopado, o presbiterado, e o diaconado.
Foi Cristo quem escolheu os apóstolos, fazendo-os participar de sua missão e autoridade. Elevado á direita do Pai ele não abandonou seu rebanho, mas guarda-o por meio dos apóstolos, sob sua constante proteção, o o dirige pelos mesmos pastores que continuam até hoje sua obra. portanto é Cristo que concede a uns serem pastores a outros apóstolos. Ele continua agindo por intermédio dos Bispos. O ministro faz as vezes do próprio sacerdote, Cristo Jesus. Se o ministro é assimilado ao sumo sacerdote por causa da consagração sacerdotal que recebeu, goza do poder de agir pela força do próprio Cristo que representa.
   os ministros ordenados também são responsáveis pela formação para a oração de seus irmãos e irmãs em Cristo. Servidores do bom Pastor que são, eles são ordenados para guiar o povo de Deus as fontes vivas da oração; a palavra de Deus, a liturgia, a vida teologal, o hoje de Deus nas situações concretas.
 Porque o nome Sacramento da Ordem? A palavra ordem, na antiguidade Romana, designava corpus constituídos no sentido civil, sobretudo dos que governavam. "Ordinatio" designa a integração num"ordo"
(ordem)
"ORDEM"  Um chamado especial, Deus dá ao homem que queira viver o amor doação, a graça do Sacramento da ordem.
                                           UNÇÃO DOS ENFERMOS
        Não fomos feitos pera a eternidade, em momentos difíceis, quando debilitados por uma enfermidade, ou na velhice, Deus vem ao nosso encontro através do Sacramento da, Unção dos enfermos.
 Antigamente este sacramento só era ministrado em caso de morte, mas a Igreja reconheceu sua importância para todas as enfermidades. é um imenso conforto Espiritual receber através das orações, da comunhão e do óleo sagrado, a graça de Deus para se ter força e coragem. disponibilidade e amor na enfermidade.
 O sacramento da unção  dos enfermos segue um ritual muito bonito, é importante conhecer e valorizar.
Este sacramento pode ser ministrado em caso de doenças graves, e de longa recuperação, independente da idade, basta que se confie na graça do Senhor.
     O sacerdote invoca as três pessoas Divina, traçando o sinal da cruz, faz uma breve reflexão para o pedido de perdão, para que o doente possa arrepender-se; leitura de um texto bíblico, preces da comunidade, imposição da mão sobre o doente, unção com o óleo sagrado; oração do Pai nosso, comunhão e benção final.

mana

Santa Missa para o dia da “Evangelium Vitae”

HOMILIA DO SANTO PADRE FRANCISCO
Praça de São Pedro
Domingo, 16 de Junho de 2013
Amados irmãos e irmãs!
Esta celebração tem um nome muito belo: o Evangelho da Vida. Com esta Eucaristia, no Ano da Fé, queremos agradecer ao Senhor pelo dom da vida, em todas as suas manifestações, e ao mesmo tempo queremos anunciar o Evangelho da Vida.
Partindo da Palavra de Deus que escutamos, gostava de vos propor simplesmente três pontos de meditação para a nossa fé: primeiro, a Bíblia revela-nos o Deus Vivo, o Deus que é Vida e fonte da vida; segundo, Jesus Cristo dá a vida e o Espírito Santo mantém-nos na vida; terceiro, seguir o caminho de Deus leva à vida, ao passo que seguir os ídolos leva à morte.

1. A primeira leitura, tirada do Segundo Livro de Samuel, fala-nos de vida e de morte. O rei David quer esconder o adultério cometido com a esposa de Urias, o hitita, um soldado do seu exército, e, para o conseguir, manda colocar Urias na linha da frente para ser morto em batalha. A Bíblia mostra-nos o drama humano em toda a sua realidade, o bem e o mal, as paixões, o pecado e as suas consequências. Quando o homem quer afirmar-se a si mesmo, fechando-se no seu egoísmo e colocando-se no lugar de Deus, acaba por semear a morte. Exemplo disto mesmo é o adultério do rei David. E o egoísmo leva à mentira, pela qual se procura enganar a si mesmo e ao próximo. Mas, a Deus, não se pode enganar, e ouvimos as palavras que o profeta disse a David: Tu praticaste o mal aos olhos do Senhor (cf. 2 Sam 12, 9). O rei vê-se confrontado com as suas obras de morte – na verdade o que ele fez é uma obra de morte, não de vida! –, compreende e pede perdão: «Pequei contra o Senhor» (v. 13); e Deus misericordioso, que quer a vida e sempre nos perdoa, perdoa-lhe, devolve-lhe a vida; diz-lhe o profeta: «O Senhor perdoou o teu pecado. Não morrerás». Que imagem temos de Deus? Quem sabe se nos aparece como um juiz severo, como alguém que limita a nossa liberdade de viver?! Mas toda a Escritura nos lembra que Deus é o Vivente, aquele que dá a vida e indica o caminho da vida plena. Penso no início do Livro do Génesis: Deus plasma o homem com o pó da terra, insufla nas suas narinas um sopro de vida e o homem torna-se um ser vivente (cf. 2, 7). Deus é a fonte da vida; é devido ao seu sopro que o homem tem vida, e é o seu sopro que sustenta o caminho da nossa existência terrena. Penso também na vocação de Moisés, quando o Senhor Se apresenta como o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, como o Deus dos viventes; e, quando enviou Moisés ao Faraó para libertar o seu povo, revela o seu nome: «Eu sou aquele que sou», o Deus que Se torna presente na história, que liberta da escravidão, da morte e traz vida ao povo, porque é o Vivente. Penso também no dom dos Dez Mandamentos: uma estrada que Deus nos indica para uma vida verdadeiramente livre, para uma vida plena; não são um hino ao «não» – não deves fazer isto, não deves fazer aquilo, não deves fazer aqueloutro… Não! – São um hino ao «sim» dito a Deus, ao Amor, à vida. Queridos amigos, a nossa vida só é plena em Deus, porque só Ele é o Vivente!
2. A passagem do Evangelho de hoje permite-nos avançar mais um passo. Jesus encontra uma mulher pecadora durante um almoço em casa de um fariseu, suscitando o escândalo dos presentes: Jesus deixa-Se tocar por uma pecadora e até lhe perdoa os pecados, dizendo: «São-lhe perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas àquele a quem pouco se perdoa, pouco ama» (Lc 7, 47). Jesus é a encarnação do Deus Vivo, Aquele que traz a vida fazendo frente a tantas obras de morte, fazendo frente ao pecado, ao egoísmo, ao fechamento em si mesmo. Jesus acolhe, ama, levanta, encoraja, perdoa e dá novamente a força de caminhar, devolve a vida. Ao longo do Evangelho, vemos como Jesus, por gestos e palavras, traz a vida de Deus que transforma. É a experiência da mulher que unge com perfume os pés do Senhor: sente-se compreendida, amada, e responde com um gesto de amor, deixa-se tocar pela misericórdia de Deus e obtém o perdão, começa uma vida nova. Deus, o Vivente, é misericordioso. Estais de acordo? Digamo-lo juntos: Deus, o Vivente, é misericordioso! Todos: Deus, o Vivente, é misericordioso. Outra vez: Deus, o Vivente, é misericordioso!
Esta foi também a experiência do apóstolo Paulo, como ouvimos na segunda leitura: «A vida que agora tenho na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim» (Gl 2, 20). E que vida é esta? É a própria vida de Deus. E quem nos introduz nesta vida? É o Espírito Santo, dom de Cristo ressuscitado; é Ele que nos introduz na vida divina como verdadeiros filhos de Deus, como filhos no Filho Unigenito, Jesus Cristo. Estamos nós abertos ao Espírito Santo? Deixamo-nos guiar por Ele? O cristão é um homem espiritual, mas isto não significa que seja uma pessoa que vive «nas nuvens», fora da realidade, como se fosse um fantasma. Não! O cristão é uma pessoa que pensa e age de acordo com Deus na vida quotidiana, uma pessoa que deixa que a sua vida seja animada, nutrida pelo Espírito Santo, para ser plena, vida de verdadeiros filhos. E isto significa realismo e fecundidade. Quem se deixa conduzir pelo Espírito Santo é realista, sabe medir e avaliar a realidade, e também é fecundo: a sua vida gera vida em redor.
3. Deus é o Vivente, é o Misericordioso. Jesus traz-nos a vida de Deus, o Espírito Santo introduz-nos e mantém-nos na relação vital de verdadeiros filhos de Deus. Muitas vezes, porém – sabemo-lo por experiência –, o  homem não escolhe a vida, não acolhe o «Evangelho da vida», mas deixa-se guiar por ideologias e lógicas que põem obstáculos à vida, que não a respeitam, porque são ditadas pelo egoísmo, o interesse pessoal, o lucro, o poder, o prazer, e não são ditadas pelo amor, a busca do bem do outro. É a persistente ilusão de querer construir a cidade do homem sem Deus, sem a vida e o amor de Deus: uma nova Torre de Babel; é pensar que a rejeição de Deus, da mensagem de Cristo, do Evangelho da Vida leve à liberdade, à plena realização do homem. Resultado: o Deus Vivo acaba substituído por ídolos humanos e passageiros, que oferecem o arrebatamento de um momento de liberdade, mas no fim são portadores de novas escravidões e de morte. O Salmista diz na sua sabedoria: «Os mandamentos do Senhor são retos, alegram o coração; os preceitos do Senhor são claros, iluminam os olhos» (Sal 19, 9). Recordemo-nos sempre disto: O Senhor é o Vivente, é misericordioso. O Senhor é o Vivente, é misericordioso.
Amados irmãos e irmãs, consideremos Deus como o Deus da vida, consideremos a sua lei, a mensagem do Evangelho como um caminho de liberdade e vida. O Deus Vivo faz-nos livres! Digamos sim ao amor e não ao egoísmo, digamos sim à vida e não à morte, digamos sim à liberdade e não à escravidão dos numerosos ídolos do nosso tempo; numa palavra, digamos sim a Deus, que é amor, vida e liberdade, e jamais desilude (cf. 1 Jo 4, 8; Jo 8, 32; 11, 2), digamos sim a Deus que é o Vivente e o Misericordioso. Só nos salva a fé no Deus Vivo; no Deus que, em Jesus Cristo, nos concedeu a sua vida com o dom do Espírito Santo e nos faz viver como verdadeiros filhos de Deus com a sua misericórdia. Esta fé torna-nos livres e felizes. Peçamos a Maria, Mãe da Vida, que nos ajude a acolher e testemunhar sempre o «Evangelho da Vida». Assim seja.