sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Maria, Mãe da Humanidade

Minha humilde homenagem á Mãe, com o titulo de Aparecida

Dispersos pelo mundo para pregar o Evangelho e batizar as nações, os Apóstolos levaram no coração e nos lábios o sagrado nome de Jesus, e com Jesus o nome Santíssimo de Maria, é que Jesus sem Maria é um Jesus incompleto, o filho de Deus humanado, fica de origem desconhecida sem Maria. E que sem ela não poderíamos explicar sua natureza humana o seu sofrimento e sua entrega na cruz nos causaria confusão, porque nos faltaria a chave da compreensão da vida inteira de Jesus. 

Se quisermos saber como a alma fiel deve se preparar para a vinda do espirito Santo,vamos em Espirito no cenáculo onde os discípulos estão reunidos. Veremos que seguindo a ordem do mestre, estão perseverando na oração, esperando o poder do alto,que há de vir revesti-los da armadura necessária para a luta que os aguarda. Neste sagrado lugar de recolhimento e de paz, o nosso olhar reverente pousa sobre Maria , a Mãe de Jesus, a obra prima do espirito Santo, a igreja do Deus vivo. Dela sairá, pela ação deste mesmo Espirito, como de ventre maternal, a Igreja militante que esta nova Eva representa e encerra. 
Quando o Anjo do Senhor anunciou a Maria que ela seria a mãe do salvador, em sua saudação chama-a
AVE cheia de Graça o SENHOR é contigo LUCAS 1,30-38. Não temas Maria pois encontraste graça diante de DEUS Eis que conceberas e dará a luz um filho e lhe porás o nome de JESUS, ele será grande e chamar- se-a filho do Altíssimo e o Senhor DEUS lhe dará o trono do seu"Pai Davi" e ele reinará eternamente na casa de JACO
(Maria era assim como José descendente de Davi) Maria pergunta ao anjo,"como se fará isso pois não conheço homem?" Respondeu-lhe o Anjo, "O ESPIRITO SANTO DESCERÁ SOBRE TI E A FORÇA DO ALTÍSSIMO TE ENVOLVERÁ COM A SUA SOMBRA, POR ISSO O ENTE SANTO QUE NASCER DE TI SERÁ CHAMADO FILHO DE DEUS. TAMBÉM ISABEL SUA PARENTA, ATÉ ELA CONCEBEU UM FILHO NA SUA VELHICE E JÁ ESTÁ NO SEXTO MÊS AQUELA QUE É TIDA POR ESTÉRIL, PORQUE A DEUS NENHUMA COISA É IMPOSSÍVEL. ENTÃO  MARIA DESSE, "EIS AQUI A SERVA DO SENHOR FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A SUA PALAVRA. E o Anjo afastou-se dela.
Ao contrario de Eva, que por ela veio o pecado, por Maria veio a redenção, a salvação dos pecados do mundo inteiro

Foi do agrado de DEUS que o reinado da graça. o novo reino de DEUS não fosse inaugurado sem Maria. É a vontade de DEUS que assim continue. Quando Deus deseja preparar João Batista para sua missão de precursor de JESUS santifica-o valendo-se da caridosa visita de sua bendita mãe. Com Jesus em seu ventre Maria vai visitar sua parenta Isabel nas montanhas, aquela de quem o Anjo falou-lhe. A primeira ação de Maria a pós a visita do Anjo é  fazer o bem, Maria viaja sozinha pelas montanhas para a casa de Zacarias, Salda Isabel. 
Apenas Isabel ouviu a saudação de Maria e a Criança estremeceu em seu ventre Isabel ficou cheia do espirito Santo e exclamou em alta vós "BENDITA ÉS TU ENTRE AS MULHERES, E BENDITO É O FRUTO DO TEU VENTRE DONDE ME VEM A HONRA DE VIR A MÃE DO MEU SENHOR? PORQUE ASSIM QUE A VÓS DA TUA SAUDAÇÃO CHEGOU AOS MEUS OUVIDOS A CRIANÇA ESTREMECEU DE ALEGRIA NO MEU SEIO. BEM AVENTURA DA ÉS TU QUE CRESTE POIS SE HÃO DE CUMPRIR AS COISAS QUE DA PARTE DO SENHOR TE FORAM DITAS".
Maria  ficou com Isabel três meses até o nascimento de João Batista, Maria filha escolhida de Deus era fiel á palavra, lembrando-se do Canto de Ana em agradecimento á Deus por ter lhe dado um filho o qual ela ofereceu ao Senhor(1 Samuel 2. 1-10)
varrendo a casa ou lavando roupas Maria cantou o Magnifica.
 " MINHA  ALMA GLORIFICA, O SENHOR 
E MEU ESPIRITO EXULTA DE ALEGRIA,
 EM DEUS MEU SALVADOR,
 PORQUE OLHOU PARA A SUA POBRE SERVA
 POR ISSO DESDE AGORA, 
 TODAS AS GERAÇÕES ME PROCLAMARÃO BEM AVENTURADA,
 PORQUE REALIZOU EM MIM GRANDES MARAVILHAS
 AQUELE QUE É PODEROSO E CUJO NOME É SANTO.
SUA MISERICÓRDIA SE ESTENDE DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO,
SOBRE OS QUE O TEMEM.
MANIFESTOU O PODER DO SEU BRAÇO,
DESCONCERTOU OS CORAÇÕES DOS SOBERBOS,
DERRUBOU DO TRONO OS PODEROSOS,
E EXALTOU OS HUMILDES,
SACIOU DE BENS OS INDIGENTES E DESPEDIU OS RICOS DE MÃOS VAZIAS,
ACOLHEU A ISRAEL, SEU SERVO,
LEMBRADO DA SUA MISERICÓRDIA CONFORME PROMETERA A NOSSOS PAIS,
EM FAVOR DE ABRAÃO,
E SUA POSTERIDADE PARA SEMPRE( LUCAS 1 46-56)
Maria ficou com Isabel cerca de três meses, depois voltou para casa.

Zacarias, esposo de Isabel, era um Sacerdote (Aquele que oferece dons sagrados a Deus) No tempo de Herodes, rei da Judeia Havia duas classes de Sacerdotes, "A rica e a pobre", Enquanto a classe rica oferecia em sacrificio a Deus de cordeiros e bois, A oferta de Zacarias era cabras e pombos e perfumes ou seja o incenso de hoje. Isabel e Zacarias eram pessoas justas.
( a palavra justiça na Bíblia significa Santidade.) 
Zacarias rezava e pedia um filho, um dia estando ele no altar do sacrifício aparece lhe um Anjo e dá ele a boa noticia, " Sua mulher dar-te a um filho e chamar lhe a Joaão, "O velho não acredita, justamente porque ele e a sua mulher são idosos, o Anjo Gabriel deixa-o mudo até o nascimento de João.
vale a pena conferir. (Lucas 1, 5-25-56. e 57-80.



Na primeira noite de Natal aqueles que fecharam as portas, ao despedir Maria, negaram a entrada de Jesus, e quando os Pastores representantes do todo o povo de Deus, encontraram Jesus, o encontraram com Maria.
Se tivessem voltado as costas pra Maria, nunca teriam encontrado Jesus.
Os três Reis magos só descobriram o Salvador, porque encontraram Maria, se não quisessem aproximar-se dela não teriam chegado á Jesus.
Chegado o dia de se oferecer ao seu Divino Pai, Jesus não vai ao templo senão nos braços de Maria, á quem pertence, e sem a qual não poderá se apresentar, assim também como não começou sua vida pública sem o consentimento de sua mãe, em Caná da Galileia adianta sua hora, á pedido de Maria.

E vamos encontra-la no calvário de pé, junto da cruz, não só porque amava seu filho com ternura, ou por mera casualidade mais precisamente no mesmo papel que desempenhou na encarnação, como serva de DEUS. 
Maria estava ali como representante do gênero humano, ratificando o oferecimento que fizera de seu filho por amor dos homens. 
Nosso Divino Redentor não se ofereceu ao seu ao eterno Pai sem que ela consentisse e o oferecesse também, em nome e a favor de todos os seus filhos; a cruz devia ser o sacrifico de todos eles como o era de Jesus . Maria renunciou aos direitos maternais sobre seu filho pela salvação dos homens e o imolou, resgatando assim com o seu próprio sangue o gênero humano, porque o sangue que Cristo derramou na Cruz para o perdão dos nossos pecados, era o sangue daquela que o gerou.

Maria foi constituída por Deus colaboradora na obra da redenção. Desde toda a eternidade ela estava com Jesus, na intensão da Santíssima Trindade, participando do seu destino. Profetizada como a mulher de quem ele nasceria, associada a ele nas súplicas de quantos esperavam sua vinda, unida á ele pela graça, através da imaculada conceição, unida á ele em todos os mistérios de sua vida mortal, desde a anunciação do anjo, até á cruz, estabelecida com ele na sua gloria pela assunção.

Foi Maria a mais pura e forte na fé e no Espirito, para ser a nova Eva que com o novo Adão, o desagravo da queda.
“ Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim, segundo a vossa palavra”
A vontade e a carne de Maria o conceberam, seu leite o alimentou, foi o amor transcendente de Maria que o envolveu e o fez crescer em estatura força e sabedoria,( Lucas 2,51 ) Maria o moldou, ele que a fez...ao chegar a hora determinada, ela entregou o Divino cordeiro livremente á sua missão de morte sacrifical no calvário, sofrendo com ele a plenitude da dor, tão grande dor que teria morrido com ele se não estivesse impedida, para poder velar sobre a Igreja nascente.

Maria foi a colaboradora inseparável de Jesus, a maternidade de Maria estendeu-se para receber todos aqueles por quem ele morreu, Maria exerce na humanidade o mesmo papel de Mãe que para com Jesus, porque somos um nele, cada alma está colocada sobre os cuidados pacientes de Maria. Assim como Maria foi colocada como instrumento usado por Deus no plano da Salvação, assim também Maria está incluída no nosso culto.
Havemos de apreciar a obra magnifica de Maria, e através da nossa fé do nosso amor, do nosso serviço, mostrar á ela nosso reconhecimento.

Nossa Senhora Aparecida, Rogai por nós

Nossa Senhora das Graças, 11 de Outubro de 2012

Maria de Lurdes Pereira Luciano (Mana) 
Catequista

Viva a mãe de Deus e Nossa, a Senhora Aparecida

Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo de Juiz de Fora (MG)


É linda a devoção à Mãe de Jesus. Ela tem origem na escolha feita pelo próprio Criador, Deus Pai, que prometera a salvação aos primeiros humanos, escolhendo Ele, Deus, uma mulher, cuja descendência esmagaria a cabeça da infernal serpente, personificação do mal.
Quando o Arcanjo Gabriel anunciou a Maria que ela seria a Mãe do Salvador, ficou patente que havia chegado a hora do cumprimento da promessa do Pai Eterno. O celestial mensageiro a saúda: Alegra-te, ó cheia de Graça! O Senhor está contigo!” Na simplicidade da jovem de Nazaré, ao esboçar sinais de justificado temor, o Anjo lhe diz: “Não tenhas medo, Maria, encontraste graça junto de Deus, tu conceberás e darás à luz um Filho e lhe porás o nome de Jesus; Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo”.
E prosseguindo o celeste diálogo naquele momento único da história da humanidade, o Anjo mais uma vez a tranquiliza: “O Espírito Santo descerá sobre ti e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra; por isso aquele que vai nascer será chamado Filho de Deus” ( Cf. Lc.1, 26-38).
Maria, mãe de Deus
No Concílio de Éfeso, que aconteceu entre 22 de fevereiro a 31 de julho do ano de 431, por causa de heresias surgidas, discutiu-se sobre temas cristológicos e mariológicos, entre os quais a missão de Maria na história da Salvação. Perguntou-se se seria correto atribuir a Maria o já tradicional título de Mãe de Deus, ou se deveria se limitar a invocá-la como Mãe de Jesus ou Mãe de Cristo.
Os bispos e teólogos presentes chegaram à conclusão que negar o título de Mãe de Deus a Maria seria uma heresia cristológica, uma negação da divindade de Jesus, uma vez que o que nasceu de Maria, como afirmara o Anjo, não era um homem que depois se tornaria Deus, mas o próprio Filho da Trindade Santíssima encarnado, Deus e Homem verdadeiros. Ficou definido para sempre que Maria, a Mulher prometida no Gênesis, não só poderia, mas deveria ser invocada como Theotókos, Dei Para, Mater Dei, Mãe de Deus.
Uma versão antiquíssima afirma que, neste momento sublime do final do Concílio de Éfeso, São Cirilo de Alexandria, o grande teólogo do mencionado sínodo, teria se ajoelhado diante da Aula Conciliar e rezado pela primeira vez: Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte!”
A expressão tornou-se oração eloquente nos lábios do povo que estava de fora do recinto, ansioso à espera da grande notícia, saindo em procissão com festivas aclamações a Jesus e a Maria. A fervorosa prece passou a ser rezada todos os dias e por todos os cantos pelos fiéis cristãos como até hoje, na segunda parte da Ave Maria.
Quando o povo brasileiro se reúne fervoroso no dia 12 de outubro, para saudar a Rainha e Padroeira do Brasil, ele canta vibrante: Viva a Mãe de Deus e Nossa, sem pecado concebida, Salve, ó Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida.
Ele continua professando a fé na verdade bíblica da promessa da Salvação; ele continua proclamar a verdade eclesial inspirada no Concilio de Éfeso; ele continua a exaltar a divindade de Cristo; ele continua a louvar a Mãe do Salvador, bendita entre todas as mulheres. Ele continua a manifestar sua fé na materna intercessão daquela que ampara, protege, ama e leva ao Pai, em nome de seu Filho Jesus, as preces de cada um, as esperanças de cada coração.
Verdades de fé na história
A devoção a Nossa Senhora Aparecida teve início nas proximidades da cidade paulista de Guaratinguetá, em outubro do ano de 1717. A comunidade se preparava para a ilustre visita do recém chegado de Portugal, o Conde de Assumar, terceiro governador da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro (ou dos campos das Gerais).
Foram contratados três pobres pescadores para fornecerem peixes para o banquete. Eram João Alves, Domingos Garcia e Vicente Pedroso, que apesar de muito trabalho, nada conseguiam com suas redes no rio Paraíba. Homens de fé já apelavam para Deus a fim de que conseguissem os peixes.
Eis que, de repente sentem as redes pesarem, mas ao içamento, não viram peixes, mas apenas um pequeno objeto de cor escura que ao verificarem se revelou como pequena imagem da Virgem Maria, porém sem a cabeçinha. Ao lançarem segunda vez, se repete o fenômeno do peso e desta vez, vem-lhe às mãos a pequena cabeça que logo ajustaram à parte anteriormente pescada.
Ao calor da prece no fervoroso coração dos humildes pescadores, lançando terceira vez as redes, veem-lhes tal quantidade de peixes que não puderam senão associar o fenômeno aos relatos bíblicos da pesca miraculosa.
Eles apresentaram a imagenzinha aos fiéis e o povo começou a chamá-la carinhosamente de Nossa Senhora Aparecida. De um pequeno oratório construído para abrigá-la e acolher os devotos, com a sucessão de orações e de milagres alcançados de Deus, diante daquele singelo e santo símbolo, chegou-se hoje à linda basílica nacional de Aparecida para onde acorrem milhões de peregrinos todos os anos e todos os dias.
É o povo santo de Deus, proclamando no silêncio do sensus fidelium, verdadeiro locus theologicus, as verdades da fé que maravilhosamente Deus vai enaltecendo na história.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Carta do papa Francisco em resposta ao jornal La Reppublica

Vaticano, 4 de setembro de 2013
Caríssimo Dr. Scalfari, é com viva cordialidade que, ainda que em linhas gerais, gostaria de responder, com esta minha carta, à que o Sr., pelas páginas [do jornal] República, escreveu-me, dia 07 de julho, com uma série de reflexões pessoais, que posteriormente aprofundou, no mesmo jornal, dia 07 de agosto.
Agradeço-lhe, antes de tudo, pela atenção com a qual leu a Encíclica Lumen fidei. Ela, na intenção de meu amado Predecessor, Bento XVI, que a concebeu e em grande medida a redigiu, e de quem, com gratidão, eu herdei, tem por finalidade não só confirmar na fé em Jesus Cristo os que já se reconhecem nessa fé, mas também suscitar um diálogo sincero e rigoroso com quem, como o Sr., se define “um não crente há muitos anos interessado e fascinado pela pregação de Jesus de Nazaré”.
Parece-me, portanto, que seja positivo, não só para nós pessoalmente, mas também para a sociedade em que vivemos, concentrar-nos no diálogo a respeito de uma realidade importante como é a fé, que se refere à pregação e à figura de Jesus. Penso que há duas circunstâncias, em particular, que tornam hoje esse diálogo necessário e precioso.
Ele, afinal, constitui, como é sabido, um dos principais objetivos do Concílio Vaticano II – querido por João XXIII – e do ministério dos Papas que, cada um com sua sensibilidade e sua contribuição, daquela ocasião até hoje caminharam no sulco traçado pelo Concílio.
A primeira circunstância – como se destaca nas páginas iniciais da Encíclica – deriva do fato que, ao longo dos séculos da modernidade, se tem assistido a um paradoxo: a fé cristã, cuja novidade e incidência na vida do homem desde o início se expressou com o símbolo da luz, foi considerada como superstição obscura, oposta à luz da razão. Assim se chegou a um estado de incomunicação entre a Igreja e a cultura de inspiração cristã, por um lado, e a cultura moderna de cunho iluminista, por outro. Chegou, porém, o tempo de um diálogo aberto e sem preconceitos, que reabra as portas de um sério e fecundo encontro. O Vaticano II inaugurou esta estação.
A segunda circunstância, para quem procura ser fiel ao dom do seguimento de Jesus à luz da fé, deriva do fato que este diálogo não é um acessório secundário da existência de quem crê. Ao contrário, é uma expressão íntima e indispensável [dessa existência]. Permita-me citar, a propósito, uma afirmação que considero muito importante da Encíclica: como a verdade testemunhada pela fé é a verdade do amor – ali se sublinha – “é claro que a fé não é intransigente, mas cresce na convivência que respeita o outro. Quem crê não é arrogante; ao contrário, a verdade o faz humilde, sabendo que mais do que nós a possuirmos, é ela que nos circunda e possui. Longe de enrijecer-nos, a segurançaa da fé nos põe a caminho e torna possível o testemunho e o diálogo com todos” (n. 34). É este o espírito que anima as palavras que escrevo.
A fé, para mim, nasce do encontro com Jesus. Um encontro pessoal, que tocou meu coração e deu uma nova direção e um novo sentido à minha existência. Mas, ao mesmo tempo, um encontro tornado possível pela comunidade de fé na qual eu vivi e graças à qual encontrei o acesso à inteligência da Sagrada Escritura, à vida nova que como fluxo de água jorrando de Jesus através dos Sacramentos, à fraternidade para com todos e a serviço dos pobres, verdadeira imagens do Senhor. Sem a Igreja, – creia-me – não teria podido encontrar Jesus, apesar de estar ciente de que este dom imenso que é a fé está guardado nos vasos da frágil argila de nossa humanidade.
É precisamente a partir daqui, desta experiência pessoal de fé vivida na Igreja, que me sinto à vontade para escutar suas questões e para procurar, junto com o Sr., os caminhos ao longo dos quais poderemos, talvez, começar a fazer juntos um percurso.
Perdoe-me se não sigo passo a passo a argumentação que o Sr. Propôs no editorial de 7 de julho. Parece-me mais frutuoso – ou me é mais congenial – ir, de certo modo, ao coração de suas considerações. Também não entro na modalidade expositiva seguida pela Encíclica, na qual o Sr. sente a falta de uma seção especificamente dedicada à experiência histórica de Jesus de Nazaré.
Observo apenas, para começar, que uma análise desse tipo não é secundária. Trata-se, de fato, seguindo a própria lógica que segue o desenvolvimento da Encíclica, de centrar a atenção sobre o significado do que Jesus disse e fez, e, assim, em última instância, sobre o que Jesus foi e é por nós. De fato, as cartas de Paulo e o Evangelho de João, aos quais se faz particular referência na Encíclica, foram construídos sobre o sólido fundamento do ministério messiânico de Jesus de Nazaré, cujo cume resolutivo é a páscoa da morte e da ressurreição.
É necessário confrontar-se com Jesus, eu diria, na concretude e na dureza do seu acontecimento, assim como é narrado sobretudo no mais antigo dos Evangelhos, que é o de Marcos. Constata-se, então, que o “escândalo” que a palavra e a praxe de Jesus provocam ao seu redor derivam de sua extraordinária “autoridade”: uma palavra atestada desde o Evangelho de Marcos, mas que não é fácil de traduzir para o italiano. A palavra grega é “exousia”, que literalmente se refere ao que “provém do ser” que se é. Não se trata de algo exterior ou forçado, mas que emana de dentro e que se impõe por si. Jesus, efetivamente, atinge, surpreene, inova, como ele mesmo diz, a partir de sua relação com Deus, a quem chama familiarmente Abbá, que lhe entrega esta “autoridade” para que ele a exerça a favor dos homens.
Assim Jesus prega “como quem tem autoridade”, cura, chama os discípulos a segui-lo, perdoa… todas elas, coisas que no Antigo Testamento são próprias de Deus esomente dele. A pergunta que retorna mais de uma vez no Evangelho de Marcos: “Quem é este que…?”, e que se refere à identidade de Jesus, brota da constatação de uma autoridade diferente da do mundo, uma autoridade cuja finalidade não é exercitar um poder sobre os outros, mas servi-lhes, dar-lhes liberdade e plenitude de vida. E isto até o ponto de por em jogo a própria vida, experimentar a incompreensão, a traição, a recusa, ser condenado à morte, até o estado de abandono na cruz. Mas Jesus permanece fiel a Deus, até o fim.
É então – como exclama o centurião romano aos pés da cruz, no Evangelho de Marcos – que Jesus se mostra, paradoxalmente, como o Filho de Deus! Filho de um Deus que e amor e que quer, com todo seu ser, que o homem, cada homem, se descubra e viva também como seu verdadeiro filho. Este, pela fé cristã, recebe a certeza de que Jesus ressuscitou: não para triunfar sobre os quem lhe refutou, mas para atestar que o amor de Deus é mais forte que a morte, o perdão de Deus é mais forte que todo pecado, e que vale a pena gastar a própria vida, até o fim, para testemunhar este imenso dom.
A fé cristã crê isto: que Jesus é o filho de Deus vindo para dar a sua vida para abrir a todos o caminho do amor. Por isso, tem razão o egrégio Dr. Scalfari, quando vê na encarnação do Filho de Deus o caminho da salvação. Já Tertuliano escrevia “caro cardo salutis”, a carne [de Cristo] é o cardo da salvação. Porque a encarnação – o fato que o Filho de Deus tenha vindo na nossa carne e tenha condiviso alegrias e dores, vitórias e derrotas da nossa existência, até o grito na cruz, vivendo cada coisa no amor e na fidelidade ao Abbá – testemunha o incrível amor que Deus tem por cada homem, o valor inestimável que lhe atribui. Cada um de nós, por isto, é chamado a fazer seu o olhar e a escolha de amor de Jesus, a entrar no seu modo de ser, de pensar e de agir. Esta é a fé, com todas as expressões que são descritas com precisão na Encíclica.
No mesmo editorial de 07 de julho, o Sr. me pergunta ainda como compreender a originalidade da fé cristã enquanto essa tem seu foco precisamente sobre a encarnação do Filho de Deus, em relação a outros credos que, diferentemente, gravitam em torno da transcendência absoluta de Deus.
Eu diria que a originalidade está precisamente no fato que a fé nos faz participar, em Jesus, da relação que Ele tem com Deus que é Abbá e, a esta luz, no relacionamento que Ele tem com todos os outros homens, inclusive os inimigos, no sinal do amor. Em outros termos, a filiação de Jesus, como a apresenta a fé cristã, não é revelada para marcar uma separação insuperável entre Jesus e todos os outros: mas para dizer-nos que, nele, todos somos chamados a ser filhos do único Pai e irmãos entre nós. A singularidade de Jesus é para a comunicação, não para a exclusão.
Disto segue também – e não é pouca coisa – a distinção entre a esfera religiosa e a esfera política que é afirmada no “dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César”, afirmada com clareza por Jesus e sobre a qual, com fadiga, se construiu a história do Ocidente. A Igreja, de fato, é chamada a semear o fermento e o sal do Evangelho, o amor e a misericórdia de Deus que atingem todos os homens, apontando a meta ultraterrena e definitiva do nosso destino, enquanto à sociedade civil e política toca a árdua tarefa de articular e encarnar na justiça e na solidariedade, no direito e na paz, uma vida cada vez mais humana. Para quem vive a fé cristã, isto não significa fuga do mundo ou procura de qualquer tipo de hegemonia, mas serviço ao homem, ao homem todo e a todos os homens, a partir das periferias da história e tendo desperto o sentido da esperança que impulsiona a trabalhar pelo bem apesar de tudo e olhando sempre além.
O Senhor me pergunta ainda, na conclusão de seu primeiro artigo, o que dizer aos irmãos judeus a respeito da promessa feita por Deus a eles: esvaziou-se completamente? Este é – acredite-me – um questionamento que nos interpela radicalmente, como cristãos, porque, com a ajuda de Deus, sobretudo a partir do Concílio Vaticano II, temos redescoberto que o povo judeu é ainda, para nós, a raiz santa da qual germinou Jesus. Eu também, na amizade que cultivei ao longo de todos esses anos com irmãos judeus, na Argentina, muitas vezes na oração interroguei a Deus, de modo particular quando recordava a terrível experiência da Shoah. O que lhe posso dizer, com o apóstolo Paulo, e que nunca se acabou a fidelidade de Deus à aliança feita com Israel e que, através das terríveis provas destes séculos, os judeus conservaram a sua fé em Deus. E por isto, nunca seremos suficientemente gratos a eles, como Igreja, mas também como humanidade. Esses, perseverando na fé no Deus da aliança, recordam todos, também nós cristãos, o fato que estamos sempre na espera do retorno do Senhor, como peregrinos, e, portanto, devemos estar abertos para ele e nunca apoiar-nos no que já tenhamos atingido.
Agora trato das três questões que o Sr. me propôs no artigo de 07 de agosto. Me parece que, nas duas primeiras, o que lhe interessa é entender o comportamento da Igreja com relação aos que não partilham a fé em Jesus. Antes de tudo, me pergunta se o Deus dos cristãos perdoa quem não crê e não busca a fé. Antecipando que – e é o fundamental – a misericórdia de Deus não tem limites se se volta a ele de coração sincero e contrito, a questão para quem não crê em Deus está em obedecer à própria consciência. O pecado, também para quem não tem fé, existe quando se vai contra a consciência. Escutar e obedecer a ela significa, de fato, decidir-se diante do que é percebido como bem ou como mal. E sobre essa decisão se joga a bondade ou a maldade do nosso agir.
Em segundo lugar, me pergunta se o pensamento segundo o qual não existe nenhum absoluto e, consequentemente, nenhuma verdade absoluta, mas somente uma série de verdades relativas e subjetivas, seja um erro ou um pecado. Para começar, eu não falaria, nem mesmo para quem crê, de verdade “absoluta”, no sentido que absoluto é o que é desligado, o que é privado de qualquer relação. Ora, a verdade, segundo a fé cristã, é o amor de Deus por nós em Jesus Cristo. Portanto, a verdade é uma relação! Tanto é verdade, que cada um de nós a compreende e a exprime a partir de si: da sua história e cultura, da situação em que vive, etc. Isto não significa que a verdade seja variável e subjetiva. Ao contrário. Mas significa que ela se dá a nós sempre e só como um caminho e uma vida. Jesus não disse “Eu sou o caminho, a verdade, a vida”? Em outros termos, a verdade, sendo definitivamente uma com o amor, requer a humildade e a abertura para ser buscada, acolhida e expressa. Portanto, é necessário um bom entendimento a respeito dos termos e, talvez, sair da estreiteza de uma contraposição… absoluta, impostar novamente em profundidade a questão. Penso que isto seja absolutamente necessário para entabular o diálogo sereno e construtivo que eu auspiciava no início desse meu dizer.
Na última pergunta, o Sr. me pergunta se, com o desaparecimento do homem sobre a terra, desaparecerá também o pensamento capaz de pensar Deus. Certo, a grandeza do homem está no poder pensar Deus. E no poder viver uma relação consciente e responsável com Ele. Mas a relação existe entre duas realidades. Deus – este é o meu pensamento e esta é minha experiência, mas quantos, ontem e hoje, a condividem! – não é uma ideia, ainda que elevadíssima, fruto do pensamento do homem. Deus é realidade com “R” maiúsculo. Jesus no-lo revela – e vive a relação com Ele – como um Pai de bondade e misericórdia infinita. Deus não depende, portanto, do nosso pensamento. De resto, também quando viesse a acabar a vida do homem sobre a terra – e para a fé cristã, em todo caso, este mundo assim como o conhecemos é destinado a acabar –, o homem não cessará de existir e, de um modo que não sabemos, também com ele o universo criado. A Escritura fala de “novos céus e nova terra” e afirma que, no fim, no onde e no quando que estão além de nós, mas para os quais, na fé, tendemos com desejo e esperança, Deus será “tudo em todos”.
Egrégio Dr. Scalfari, concluo assim estas minhas reflexões, suscitadas pelo que o Sr. quis me comunicar e perguntar. Acolha como resposta provisória mas sincera e confiante ao convite que lhe dirigi de fazer um percurso de caminho juntos. A Igreja, creia-me, apesar de todas as lentidões, infidelidades, erros e pecados que pode ter cometido e pode ainda cometer nos que a compõem, não tem outro sentido e fim a não ser o de viver e testemunhar Jesus: Ele que foi enviado pelo Abbá “a levar aos pobres o alegre anúncio, a proclamar aos prisioneiros a libertação e aos cegos a vista, e por em liberdade os oprimidos, a proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19).
Com proximidade fraterna,
Francisco

domingo, 16 de junho de 2013

                    Sacramentos

Canais por onde nos chegam a Graça de Deus
Sinais sensíveis, instituídos por Cristo, para o bem do povo, e que celebrados e vividos modificam interiormente e exteriormente a quem os recebe.
Os Sacramentos estão ordenados a Santificação dos homens, á edificação do corpo de Cristo, e enfim á prestar culto á Deus: Como sinais, tem também á função de instruir, fortificar e alimentar a fé.
São sinais sensíveis, porque por eles sentimos Deus agindo em nós.

Os sete sacramentos são visíveis e eficazes se vivermos em comunhão com Deus.
Estes sinais nos acompanham a vida toda.


Batismo:

 Ao nascermos  nascemos para a vida, para o mundo... nascermos também para Deus .Através do Sacramento do Batismo.
O Batismo é o sacramento da fé. Mais a fé tem necessidade da comunidade dos que crentes. cada um dos fiéis só pode crer dentro da fé da Igreja. Esta fé vai se desenvolvendo pela vida toda. professada pelos pais e padrinhos, que se comprometem de educar a criança nesta fé que professa. ao catecúmeno é perguntado" o que pedis á Igreja de Deus?"  O padrinho responde por ele "a fé". (Há um só corpo de Cristo - a Igreja - e um só Espirito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança. Há um só Senhor, uma só fé, um só Batismo...(Ef 4-5s).
O Batismo nos faz membros do corpo de Cristo, se somos nós a Igreja de Cristo, como membros deste  Corpo, somos membros uns dos outros " fomos todos Batizados num só Espirito para sermos um só corpo"   (1 cor 12,13).
                                   Sinais e símbolos do Sacramento do Batismo


Nas Igrejas católicas você não vê nomes escritos nelas, nem em placas, você vê apenas um sinal; a Cruz. A cruz é por excelência o sinal do Cristão, nela o Cristo morreu por nós. e se entregou livremente á Deus Pai,oferecendo-se por nós
No dia do Batismo a criança é recebida na Igreja em nome do Pai do filho e do Espirito santo, e assinalada com o sinal do cristão.

O sinal da Cruz:
Assinala a marca de Cristo naquele que vai pertencer-lhe, significa a graça da redenção, que Cristo nos proporcionou por sua Cruz, a partir de agora tem um nome e é por Deus chamado por esse nome, e seus pais e padrinhos respondem com amor ao chamado que Deus lhe faz.

O óleo:


a criança é ungida com o óleo dos catecúmenos no peito, os pais e padrinhos renunciam por ela á satanás, e livre eles professam a fé da igreja.

A profissão de fé:


O Batismo é dado em nome do pai do Filho e do Espirito Santo, as verdades desta fé deve ser professada no Batismo. cremos em só Deus, em três pessoas. Na Igreja fundada pelo próprio Jesus,  na comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição e na vida eterna. esta é a nossa fé.

 A água:

Ela é o Batismo, pela água "a semente incorruptível da palavra de Deus produz seu efeito vivificante, o sacramento acontece quando o Padre ou o ministro derrama a água na cabeça da criança chamando-a pelo nome "n..., eu te Batizo em nome do pai ,do filho e do espirito santo.

A unção com o óleo do crisma:


Óleo perfumado consagrado pelo Bispo, significa o dom do Espirito Santo ao novo Batizado. este tornou-se um cristão ungido pelo espirito santo, incorporado a Cristo, que é ungido sacerdote profeta e Rei.

A veste Branca:

Significa que o batizado vestiu-se de Cristo e toma parte com ele na ressurreição.

Círio pascal:


a vela acesa no círio Pascal significa que Cristo iluminou o novo cristão, ele é agora luz do mundo(Mt 5,14).

                                         Eucaristia

 Aos 12 anos, depois de catequizados, a recebemos. Assim como necessitamos de comida e bebida para fortalecer o corpo, precisamos também de fortalecer a alma. pelo corpo de Cristo.
A Palavra Eucaristia, quer dizer "ação de Graças" A Eucaristia é a própria missa, sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo, o Cordeiro imolado que tira os os pecados do mundo, instituída por ele num sacrifício único para a vida toda, por isso a pedido dele, em cada missa, nós reoferecemos juntamente com ele  a Deus Pai o valor deste sacrifício, pelos nossos pecados e pelos do mundo inteiro, e cremos firmemente que o Santíssimo Sacramento é próprio Deus, que se fez alimento para nossa alma. Jesus é o centro da nossa fé, e todas as vezes que participamos da missa,  estamos participando do sacrifício de Jesus na cruz.
Para explicar esse alimento sagrado, São Francisco de Sales, no seu livro filotéia nos conta que um Rei da Ásia inventou um alimento que o preservava de todo e qualquer veneno,estando ele, para ser preso pelos Romanos, tentou de todas as formas se envenenar e não conseguiu. ele conclui seu pensamento "Não foi isso mesmo que fez nosso Divino salvador dum modo verdadeiro e real no augustíssimo Sacramento do altar, onde ele nos dá seu corpo e sangue como um alimento que confere a imortalidade?".

Pela comunhão aprendemos amar mais a Jesus, livrar-nos de nossas misérias e aflições e fortificar-nos nas nossas fraquezas.

                                                           Penitência
É bom saber também o que São Francisco de Sales tem a dizer pra nós, sobre esse Sacramento.
"Nosso Senhor instituiu na sua Igreja o sacramento da Penitência, ou Confissão,para purificar as nossas almas das suas culpas,todas as vezes que se acharem manchadas.Nunca permitas, Filotéia, que teu coração permaneça muito tempo contaminado do pecado, tendo um remédio tão eficáz e simples contra a sua corrupção".
 Se caímos não podemos permanecer no chão, é Deus que vem ao nosso encontro, através da reconciliação.
Depois que Jesus ressuscitou, apareceu aos discípulos saudou-os dizendo" A paz esteja com vocês"  e depois soprou sobre eles dizendo "recebam o Espirito Santo, a todos aqueles a quem vocês perdoarem os pecados , serão perdoados mas aos que vocês não perdoarem não serão perdoados". leiam Jo 20,19-23
Deus nos criou a sua imagem e semelhança e nos dotou com o dom da liberdade. Tudo que fazemos é por nossa livre vontade, se ferimos ou magoamos as pessoas o fazemos por nós mesmos. Deus nos dá o seu amor, e pede-nos somente que o amemos e amemos uns aos outros.
 O pecado nos afasta de Deus e nos torna infelizes.
Para uma boa confissão devemos:
 Reconhecer os nossos erros, fazendo um bom exame de consciência. Se ofendemos alguém, pedir o seu perdão . Pedir o perdão de Deus. ARREPENDIMENTO.
Falar com o sacerdote dos nossos pecados e do nosso desejo de não mais pecar. CONFISSÃO.
Depois de nos orientar o sacerdote nos dá o perdão de Deus e da Igreja. ABSOLVIÇÃO.
Assumimos o compromisso de ser bom Cristão com uma oração fervorosa, ou uma ação em beneficio de um pobre. Penitência.
Se recebermos o Sacramento da penitência realmente arrependidos, vamos nos sentir verdadeiramente em paz , e de mente tranquila, vamos ter a consolação Espiritual que necessitamos.
Conforme o mandamento da Igreja, é nosso dever de Cristão nos confessarmos ao menos uma vez ao ano, e em pecados graves não comungar do corpo de Cristo.

                                                             CRISMA
Juntamente com  o Batismo e a Eucaristia, o Sacramento da confirmação constitui o conjunto dos "SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO CRISTÃ" a união destes três Sacramentos, nesta ordem, dá ao Cristão um perfeito e mais forte vinculo com a Igreja, enriquecendo-o da força do espirito Santo. Da parte do Cristão ele deve levar Cristo aos corações, como verdadeiras testemunhas deste Cristo, difundir e defender sua fé, tanto por palavras como por obras. O Espirito Santo, nos anima, nos fortalece, somos capacitados pelo próprio Espirito através de seus dons, se pelo Batismo nascemos, pela Crisma crescemos na fé.
O RITUAL: A matéria do Sacramento da Crisma, é o Santo óleo da oliveira (azeite) misturado com balsamo perfumado, na missa dos Santos óleos, na quinta feira Santa pelo Bispo, essa matéria é usada na cerimônia da Crisma junto com a imposição da mão sobre a cabeça do Crismando.
 O bispo traça o sinal da Cruz com o óleo na fronte do Crismando e diz "Eu te marco com o sinal da Cruz e te confirmo com o Crisma da Salvação, em nome do Pai do Filho e do Espirito Santo"  E o Bispo da um leve tapa no rosto do crismando, para significar que ele é um soldado de Cristo e como soldado deve suportar em nome de Cristo toda sorte de sofrimentos e injurias, defender a sua fé quando atacada conhecer e difundir a Doutrina, e mais, ser um verdadeiro imitador de Cristo, para o merecimento do nome de "Cristão".
                                                             
                                                 MATRIMÔNIO
MATRIMONIO: No momento definitivo de comunhão, Deus vem santificar o Noivo e a Noiva, afim de que na comunhão constituam família Santa e feliz através dos laços sagrados do casamento. O próprio Deus é o autor do Casamento, a vocação para o casamento está inscrita na própria natureza do homem e da mulher, conforme saíram da mão do criador. Deus os criou homem e mulher á sua imagem e semelhança, por amor sem limites a sua criação, e esse amor abençoado por Deus é destinado a ser fecundo " Deus os abençoou e lhes disse, sede fecundos,multiplicai-vos enchei a terra e submetei-a".(Gn 1 .28).
O casal se acolhem, se entregam, e este pacto, esta aliança entre o casal é selado pelo próprio Deus. A aliança dos esposos é integrada na aliança de Deus com os homens, estes laços tem exigências, a serem cumpridas e respeitadas, Fidelidade um ao outro, a família gerada desta união é responsabilidade dos cônjuges. Para Deus e para a Igreja esta união é indissolúvel.


                                                A ORDEM
A ordem é um sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo e seus apóstolos continua sendo exercida na Igreja até o fim dos tempos; é portanto o sacramento do ministério apostólico. comporta três graus: O episcopado, o presbiterado, e o diaconado.
Foi Cristo quem escolheu os apóstolos, fazendo-os participar de sua missão e autoridade. Elevado á direita do Pai ele não abandonou seu rebanho, mas guarda-o por meio dos apóstolos, sob sua constante proteção, o o dirige pelos mesmos pastores que continuam até hoje sua obra. portanto é Cristo que concede a uns serem pastores a outros apóstolos. Ele continua agindo por intermédio dos Bispos. O ministro faz as vezes do próprio sacerdote, Cristo Jesus. Se o ministro é assimilado ao sumo sacerdote por causa da consagração sacerdotal que recebeu, goza do poder de agir pela força do próprio Cristo que representa.
   os ministros ordenados também são responsáveis pela formação para a oração de seus irmãos e irmãs em Cristo. Servidores do bom Pastor que são, eles são ordenados para guiar o povo de Deus as fontes vivas da oração; a palavra de Deus, a liturgia, a vida teologal, o hoje de Deus nas situações concretas.
 Porque o nome Sacramento da Ordem? A palavra ordem, na antiguidade Romana, designava corpus constituídos no sentido civil, sobretudo dos que governavam. "Ordinatio" designa a integração num"ordo"
(ordem)
"ORDEM"  Um chamado especial, Deus dá ao homem que queira viver o amor doação, a graça do Sacramento da ordem.
                                           UNÇÃO DOS ENFERMOS
        Não fomos feitos pera a eternidade, em momentos difíceis, quando debilitados por uma enfermidade, ou na velhice, Deus vem ao nosso encontro através do Sacramento da, Unção dos enfermos.
 Antigamente este sacramento só era ministrado em caso de morte, mas a Igreja reconheceu sua importância para todas as enfermidades. é um imenso conforto Espiritual receber através das orações, da comunhão e do óleo sagrado, a graça de Deus para se ter força e coragem. disponibilidade e amor na enfermidade.
 O sacramento da unção  dos enfermos segue um ritual muito bonito, é importante conhecer e valorizar.
Este sacramento pode ser ministrado em caso de doenças graves, e de longa recuperação, independente da idade, basta que se confie na graça do Senhor.
     O sacerdote invoca as três pessoas Divina, traçando o sinal da cruz, faz uma breve reflexão para o pedido de perdão, para que o doente possa arrepender-se; leitura de um texto bíblico, preces da comunidade, imposição da mão sobre o doente, unção com o óleo sagrado; oração do Pai nosso, comunhão e benção final.

mana

Santa Missa para o dia da “Evangelium Vitae”

HOMILIA DO SANTO PADRE FRANCISCO
Praça de São Pedro
Domingo, 16 de Junho de 2013
Amados irmãos e irmãs!
Esta celebração tem um nome muito belo: o Evangelho da Vida. Com esta Eucaristia, no Ano da Fé, queremos agradecer ao Senhor pelo dom da vida, em todas as suas manifestações, e ao mesmo tempo queremos anunciar o Evangelho da Vida.
Partindo da Palavra de Deus que escutamos, gostava de vos propor simplesmente três pontos de meditação para a nossa fé: primeiro, a Bíblia revela-nos o Deus Vivo, o Deus que é Vida e fonte da vida; segundo, Jesus Cristo dá a vida e o Espírito Santo mantém-nos na vida; terceiro, seguir o caminho de Deus leva à vida, ao passo que seguir os ídolos leva à morte.

1. A primeira leitura, tirada do Segundo Livro de Samuel, fala-nos de vida e de morte. O rei David quer esconder o adultério cometido com a esposa de Urias, o hitita, um soldado do seu exército, e, para o conseguir, manda colocar Urias na linha da frente para ser morto em batalha. A Bíblia mostra-nos o drama humano em toda a sua realidade, o bem e o mal, as paixões, o pecado e as suas consequências. Quando o homem quer afirmar-se a si mesmo, fechando-se no seu egoísmo e colocando-se no lugar de Deus, acaba por semear a morte. Exemplo disto mesmo é o adultério do rei David. E o egoísmo leva à mentira, pela qual se procura enganar a si mesmo e ao próximo. Mas, a Deus, não se pode enganar, e ouvimos as palavras que o profeta disse a David: Tu praticaste o mal aos olhos do Senhor (cf. 2 Sam 12, 9). O rei vê-se confrontado com as suas obras de morte – na verdade o que ele fez é uma obra de morte, não de vida! –, compreende e pede perdão: «Pequei contra o Senhor» (v. 13); e Deus misericordioso, que quer a vida e sempre nos perdoa, perdoa-lhe, devolve-lhe a vida; diz-lhe o profeta: «O Senhor perdoou o teu pecado. Não morrerás». Que imagem temos de Deus? Quem sabe se nos aparece como um juiz severo, como alguém que limita a nossa liberdade de viver?! Mas toda a Escritura nos lembra que Deus é o Vivente, aquele que dá a vida e indica o caminho da vida plena. Penso no início do Livro do Génesis: Deus plasma o homem com o pó da terra, insufla nas suas narinas um sopro de vida e o homem torna-se um ser vivente (cf. 2, 7). Deus é a fonte da vida; é devido ao seu sopro que o homem tem vida, e é o seu sopro que sustenta o caminho da nossa existência terrena. Penso também na vocação de Moisés, quando o Senhor Se apresenta como o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, como o Deus dos viventes; e, quando enviou Moisés ao Faraó para libertar o seu povo, revela o seu nome: «Eu sou aquele que sou», o Deus que Se torna presente na história, que liberta da escravidão, da morte e traz vida ao povo, porque é o Vivente. Penso também no dom dos Dez Mandamentos: uma estrada que Deus nos indica para uma vida verdadeiramente livre, para uma vida plena; não são um hino ao «não» – não deves fazer isto, não deves fazer aquilo, não deves fazer aqueloutro… Não! – São um hino ao «sim» dito a Deus, ao Amor, à vida. Queridos amigos, a nossa vida só é plena em Deus, porque só Ele é o Vivente!
2. A passagem do Evangelho de hoje permite-nos avançar mais um passo. Jesus encontra uma mulher pecadora durante um almoço em casa de um fariseu, suscitando o escândalo dos presentes: Jesus deixa-Se tocar por uma pecadora e até lhe perdoa os pecados, dizendo: «São-lhe perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas àquele a quem pouco se perdoa, pouco ama» (Lc 7, 47). Jesus é a encarnação do Deus Vivo, Aquele que traz a vida fazendo frente a tantas obras de morte, fazendo frente ao pecado, ao egoísmo, ao fechamento em si mesmo. Jesus acolhe, ama, levanta, encoraja, perdoa e dá novamente a força de caminhar, devolve a vida. Ao longo do Evangelho, vemos como Jesus, por gestos e palavras, traz a vida de Deus que transforma. É a experiência da mulher que unge com perfume os pés do Senhor: sente-se compreendida, amada, e responde com um gesto de amor, deixa-se tocar pela misericórdia de Deus e obtém o perdão, começa uma vida nova. Deus, o Vivente, é misericordioso. Estais de acordo? Digamo-lo juntos: Deus, o Vivente, é misericordioso! Todos: Deus, o Vivente, é misericordioso. Outra vez: Deus, o Vivente, é misericordioso!
Esta foi também a experiência do apóstolo Paulo, como ouvimos na segunda leitura: «A vida que agora tenho na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim» (Gl 2, 20). E que vida é esta? É a própria vida de Deus. E quem nos introduz nesta vida? É o Espírito Santo, dom de Cristo ressuscitado; é Ele que nos introduz na vida divina como verdadeiros filhos de Deus, como filhos no Filho Unigenito, Jesus Cristo. Estamos nós abertos ao Espírito Santo? Deixamo-nos guiar por Ele? O cristão é um homem espiritual, mas isto não significa que seja uma pessoa que vive «nas nuvens», fora da realidade, como se fosse um fantasma. Não! O cristão é uma pessoa que pensa e age de acordo com Deus na vida quotidiana, uma pessoa que deixa que a sua vida seja animada, nutrida pelo Espírito Santo, para ser plena, vida de verdadeiros filhos. E isto significa realismo e fecundidade. Quem se deixa conduzir pelo Espírito Santo é realista, sabe medir e avaliar a realidade, e também é fecundo: a sua vida gera vida em redor.
3. Deus é o Vivente, é o Misericordioso. Jesus traz-nos a vida de Deus, o Espírito Santo introduz-nos e mantém-nos na relação vital de verdadeiros filhos de Deus. Muitas vezes, porém – sabemo-lo por experiência –, o  homem não escolhe a vida, não acolhe o «Evangelho da vida», mas deixa-se guiar por ideologias e lógicas que põem obstáculos à vida, que não a respeitam, porque são ditadas pelo egoísmo, o interesse pessoal, o lucro, o poder, o prazer, e não são ditadas pelo amor, a busca do bem do outro. É a persistente ilusão de querer construir a cidade do homem sem Deus, sem a vida e o amor de Deus: uma nova Torre de Babel; é pensar que a rejeição de Deus, da mensagem de Cristo, do Evangelho da Vida leve à liberdade, à plena realização do homem. Resultado: o Deus Vivo acaba substituído por ídolos humanos e passageiros, que oferecem o arrebatamento de um momento de liberdade, mas no fim são portadores de novas escravidões e de morte. O Salmista diz na sua sabedoria: «Os mandamentos do Senhor são retos, alegram o coração; os preceitos do Senhor são claros, iluminam os olhos» (Sal 19, 9). Recordemo-nos sempre disto: O Senhor é o Vivente, é misericordioso. O Senhor é o Vivente, é misericordioso.
Amados irmãos e irmãs, consideremos Deus como o Deus da vida, consideremos a sua lei, a mensagem do Evangelho como um caminho de liberdade e vida. O Deus Vivo faz-nos livres! Digamos sim ao amor e não ao egoísmo, digamos sim à vida e não à morte, digamos sim à liberdade e não à escravidão dos numerosos ídolos do nosso tempo; numa palavra, digamos sim a Deus, que é amor, vida e liberdade, e jamais desilude (cf. 1 Jo 4, 8; Jo 8, 32; 11, 2), digamos sim a Deus que é o Vivente e o Misericordioso. Só nos salva a fé no Deus Vivo; no Deus que, em Jesus Cristo, nos concedeu a sua vida com o dom do Espírito Santo e nos faz viver como verdadeiros filhos de Deus com a sua misericórdia. Esta fé torna-nos livres e felizes. Peçamos a Maria, Mãe da Vida, que nos ajude a acolher e testemunhar sempre o «Evangelho da Vida». Assim seja.

sábado, 25 de maio de 2013

Catequese do Papa Francisco sobre a ação do Espírito na evangelização– 22/05/13


Catequese
Praça de São Pedro, Vaticano
Quarta-feira, 22 de maio de 2013
Queridos irmãos e irmãs, bom dia.
No Credo, depois de ter professado a fé no Espírito Santo, dizemos: “Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica”. Existe uma ligação profunda entre estas duas realidades de fé: é o Espírito Santo, de fato, quem dá vida à Igreja, guia os seus passos. Sem a presença e a ação incessante do Espírito Santo, a Igreja não poderia viver e não poderia realizar a missão que Jesus ressuscitado lhe confiou, de ir e fazer discípulos todas as nações (cf. Mt 28:18). Evangelizar é a missão da Igreja e não apenas de alguns, mas a minha, a sua, a nossa missão. O apóstolo Paulo exclamou: “Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho” (1 Cor 9,16). Todos devem ser evangelizadores, especialmente com a vida! Paulo VI destacou que “Evangelizar… é a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar” (Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, 14).
Quem é o verdadeiro motor da evangelização em nossas vidas e na Igreja? Paulo VI escreveu com clareza: “É ele, o Espírito Santo que, tanto hoje como no início da Igreja, age em cada evangelizador que se deixa possuir e conduzir por Ele, que lhe sugere palavras que ele sozinho não conseguiria encontrar, preparando ao mesmo tempo a alma de quem escuta para que esteja aberto a acolher a Boa Nova e o Reino anunciado” (ibid., 75). Para evangelizar, então, é necessário se abrir ao horizonte do Espírito de Deus, sem medo do que ele vai nos pedir ou onde nos levará. Confiemo-nos a Ele! Ele nos fará capazes de viver e testemunhar a nossa fé e iluminará o coração daqueles com quem nos encontrarmos. Esta foi a experiência de Pentecostes: aos Apóstolos reunidos com Maria no Cenáculo, “apareceram línguas como de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles e todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, da maneira que o Espírito lhes concedia que falassem” (Atos 2:3-4). O Espírito Santo ao descer sobre os Apóstolos, os fez sair da sala em que estavam fechados por medo, os fez sair de si e os transformou em anunciadores e testemunhas das “grandes obras de Deus” (v. 11). E essa transformação operada pelo Espírito Santo se reflete na multidão vinda “de todas as nações debaixo do céu” (v. 5), de modo que cada um ouvia as palavras dos Apóstolos como se fossem em sua própria língua (v. 6 ).
Aqui está um primeiro efeito importante da ação do Espírito Santo que guia e inspira o anúncio do Evangelho: a unidade, a comunhão. Em Babel, de acordo com a Bíblia, havia começado a dispersão dos povos e a confusão das línguas, resultado da arrogância e do orgulho do homem que queria construir com suas próprias forças, sem Deus, “uma cidade e uma torre cujo cume tocasse os céus” (Gn 11:04). No dia de Pentecostes, estas divisões são superadas. Não há mais orgulho contra Deus, nem o fechamento de um ao outro, mas há abertura para Deus, o sair para anunciar sua palavra: uma nova linguagem, a do amor que o Espírito Santo derrama em nossos corações (cf. Rm 5,5), uma linguagem que todos possam entender e que, acolhida, podia ser expressada em cada ser e em cada cultura. A linguagem do Espírito, a linguagem do Evangelho é a linguagem da comunhão, que convida a superar bloqueios e indiferenças, divisões e conflitos. Todos nós devemos nos perguntar: como me deixo ser guiado pelo Espírito Santo a fim de que a minha vida e meu testemunho de fé sejam de unidade e comunhão? Levo a mensagem de reconciliação e de amor, que é o Evangelho nos lugares onde moro? Às vezes parece que hoje se repete o que aconteceu em Babel: divisões, incapacidade de compreender o outro, rivalidade, inveja, egoísmo. O que eu faço com a minha vida? Promovo a unidade próximo a mim? Ou divido com conversa fiada, críticas, inveja? O que eu faço? Pense nisso. Levar o Evangelho é proclamar e vivermos nós primeiro: a reconciliação, o perdão, a paz, a unidade e o amor que o Espírito Santo nos dá. Lembremo-nos das palavras de Jesus: “Nisto todos saberão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13:34-35).
Um segundo elemento: no dia de Pentecostes, Pedro, cheio do Espírito Santo, se levanta “com os onze” e “em voz alta” (Atos 2:14), “com ousadia” (v. 29) anuncia a boa nova de Jesus, que deu a vida pela nossa salvação e que Deus ressuscitou dentre os mortos. Aqui é outro efeito do Espírito Santo: coragem para anunciar a novidade do Evangelho de Jesus a todos, com a auto-confiança (parresia), em alta voz, em todo tempo e lugar. E isso acontece ainda hoje para a Igreja e cada um de nós, pelo fogo de Pentecostes, pela ação do Espírito Santo, se desenvolvem sempre novas iniciativas de missão, novas maneiras de proclamar a mensagem de salvação, uma nova coragem para evangelizar. Não nos fechemos nunca a esta ação! Vivamos com humildade e coragem o Evangelho! Testemunhemos a novidade, a esperança, a alegria que o Senhor traz para a vida. Sintamos em nós “a doce e reconfortante alegria de evangelizar” (Paulo VI, Exortação Apostólica. Evangelii Nuntiandi, 80). Porque evangelizar, proclamar Jesus, nos traz alegria, enquanto o egoísmo nos traz amargura, tristeza, nos deixa para baixo, evangelizar nos eleva.
Menciono apenas um terceiro elemento, que é particularmente importante: uma nova evangelização, uma Igreja que evangeliza deve sempre começar pela oração, de pedir, como os Apóstolos no Cenáculo, o fogo do Espírito Santo. Só o relacionamento fiel e intenso com Deus permite que saiamos de nosso fechamento e anunciemos o Evangelho com parresia. Sem oração nossas ações tornam-se vazias e nosso anúncio não tem alma, não é animado pelo Espírito.
Queridos amigos, como disse Bento XVI, a Igreja hoje “sente especialmente o vento do Espírito Santo que nos ajuda, nos mostra o caminho certo e assim, com novo entusiasmo, estamos no caminho e damos graças ao Senhor” (palavras da Assembleia do Sínodo dos Bispos, 27 de outubro, 2012). Renovemos a cada dia a confiança na ação do Espírito Santo, confiança de que Ele age em nós, Ele está dentro de nós, que nos dá o fervor apostólico, a paz, a alegria. Deixemo-nos guiar por Ele, sejamos homens e mulheres de oração, que testemunham o Evangelho com coragem, tornando-se instrumentos de unidade e de comunhão com Deus. Obrigado.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

 Santa Rita de Cássia  

Comemoração litúrgica: 22 de maio.  Também nesta data: Santa Quitéria e São casto
      Guia geral    Por data   Incorruptos


                                         Vista de perto,  se nos revela o rosto humaníssimo de uma mulher que não passou indiferente ante a tragédia da dor e  da miséria e da miséria material, moral e  social.  Sua vida terrena poderia ser de ontem como de hoje.  
                                         Rita nasceu em 1381 em Roccaporena,  um pequeno povoado perdido nas  montanhas Seus pais, anciãos, a educaram  no temor de Deus, e ela  respeitou a tal ponto a  autoridade paterna que abandonou o propósito de entrar no convento e aceitou unir-se em matrimônio com Paulo de Ferdinando, um jovem violento e  revoltado. As biografias da  santa nos pintam um quadro familiar muito comum:  uma mulher doce, obediente, atenta a  não chocar com a  susceptibilidade do marido,  cujas maldades ela conhece e sofre e reza em silêncio.  
                                         Sua bondade logrou finalmente transformar o coração de Paulo,  que mudou de vida e de costumes, porém,  sem fazer esquecer os  antigos rancores dos  inimigos que se havia buscado. Uma noite foi encontrado morto à beira do caminho.  Os dois filhos,  já  jovens,  juraram  vingar a morte do pai. Quando Rita se  deu conta da inutilidade de  seus esforços para convencê-los de que desistissem  de seus propósitos,  teve a  valentia de pedir a Deus que os levasse,  antes que manchassem suas vidas com um homicídio.  Sua oração, humanamente incompreensível,  foi ouvida.  E sem esposo e sem filhos,  Rita foi pedir sua entrada no convento das agostinianas de Cássia.  Porém,  seu pedido foi negado.  
                                         Voltou ao  seu lugar deserto e rezou intensamente a  seus três santos protetores, São João Batista, Santo Agostinho e  São Nicolas de Tolentino,  e uma noite sucedeu o prodígio.  Se lhe apareceram  os três  santos, lhe disseram  que os seguisse,  chegaram ao convento, abriram as portas e levaram a metade do coro, onde as  religiosas estavam rezando as orações da manhã. Assim, Rita pôde vestir o hábito das agostinianas, realizando o antigo desejo de entrega total a Deus. Se dedicou à penitência, à oração e ao amor de Cristo crucificado,  que a associou ainda visivelmente a sua paixão,  cravando-lhe na fronte uma espinha.  
                                         Este estigma milagroso, recebido durante um êxtase, marcou o rosto com um dolorosíssima chaga purulenta até sua morte, isto é, durante quatorze anos. A fama de sua santidade passou os limites de Cássia. As orações de Rita obtiveram prodigiosas curas e conversões. Para ela não pediu senão carregar sobre si as  dores do próximo. Morreu no mosteiro de Cássia em 1457. Pouco antes de morrer e de firmar seu testamento verbal às Irmãs do convento,  veio visitá-la uma sua parenta; a Santa agradeceu-lhe a visita e, ao se despedir pediu:
- Vá à horta que fica perto de tua casa, por amor de Jesus, e traga-me uma rosa.
                                         Como os campos encontravam-se cobertos pela neve e a vegetação inexistente, sua parenta imaginou que a Santa delirasse,  porém,  acatou o que ela pedira e  dirigiu-se ao local certa de que nada encontraria. Chegando à horta, encontrou uma linda rosa, que a levou à enferma;  Rita novamente lhe pediu que retornasse e lhe trouxesse dois figos que, também foram encontrados na figueira.  Esses fatos explicam a representação da imagem da Santa com rosas, figos, cachos de uvas e abelhas. A Santa Igreja, para  perpetuar o milagre das rosas, aprovou a Bênção das Rosas que se realiza  no dia da festa,   ou no dia 22 de cada mês, para alívio dos enfermos.
                                         Foi beatificada em 1627, ocasião em que seu corpo foi encontrado no mesmo estado em que estava no momento de sua morte, ocorrida há mais de cento e cinqüenta anos.  Seu corpo, desde 18 de maio de 1947, repousa no Santuário, numa urna de prata e cristal fabricada em 1930. As vestes que lhe serviam de mortalha estão tão perfeitas como no dia em que a envolveram..  Atualmente, os visitantes podem sentir um doce aroma que provém de seu corpo.
                                         Recentes exames médicos  afirmaram que sobre a testa, existem traços de uma ferida óssea (osteomielite).  O pé direito apresenta sinais de uma doença sofrida nos últimos anos, talvez uma inflamação no nervo ciático. Sua altura era de 1,57 m. O rosto, as mãos e os pés estão mumificados, enquanto sob o hábito da religiosa agostiniana existe, intacto, o seu esqueleto.  
                                         A sua beatificação ocorreu no ano de 1900,  sob o pontificado do Papa Leão XIII.  
ORAÇÕES À SANTA RITA DE CÁSSIA
 
PELA FAMÍLIA
Ó gloriosíssima Santa Rita, padroeira e advogada nossa, consolação das almas aflitas, modelo de esposa e mãe cristã. Vós que tivestes nesta vida um esposo terreno que purificou a Vossa virtude e agora sois esposa amantíssima de Jesus Cristo, alcançai-me de Deus a graça de conservar meu coração puro e limpo de todo pecado e levar com santa resignação a cruz do matrimônio.
Guardai, como anjo do paraíso, a religião e a piedade em minha casa e em minha família. Compadecei-vos de meu esposo e muito especialmente dos meus tenros e amados filhos. Não me abandoneis na vida e na morte para que, imitando Vossos exemplos e virtudes, possa gozar em Vossa amável companhia, da glória eterna. Amém!
 
SÚPLICA A SANTA RITA
 
Ó poderosa e gloriosa Santa Rita, eis a vossos pés uma alma desamparada que, necessitando de auxílio, a vós recorre com a doce esperança de ser atendida. Por causa da minha indignidade e de minhas infidelidades passadas, não ouso esperar que minhas preces cheguem a mover o coração de Deus e é por isto que sinto a necessidade de uma medianeira toda poderosa, e foi a vós que me dirigi, Santa Rita, com o incomparável título de "Santa das Causas Impossíveis e Desesperadas". Ó cara Santa, interessai-vos pela minha causa, intercedei junto a Deus para que me conceda a graça de que tanto necessito e que ardentemente desejo. (fazer o pedido)
Não permitais que me afaste de vossos pés sem ser atendido. Se houver em mim algum obstáculo que me impeça de obter a graça que imploro, auxiliai-me para que o afaste; envolvei minha prece em vossos preciosos méritos e apresentai-a a vosso celeste esposo em união com a vossa. Assim, enriquecida por vós, esposa fidelíssima entre as mais fiéis, por vós que sentistes as dores da sua paixão, como poderá Deus repeli-la ou deixar de atendê-la?
Ó cara Santa Rita, que jamais diminua a confiança e esperança que em vós coloquei; fazei com que não seja vã a minha súplica; obtende-me de Deus o que peço; a todos farei, então, conhecer a bondade do vosso coração e a onipotência da vossa intercessão.
E vós, coração admirável de Jesus, que sempre vos mostrastes tão sensível às menores misérias da humanidade, deixai-vos enternecer pelas minhas necessidades e, sem olhar minha fraqueza e indignidade, concedei-me a graça que tanto desejo e que por mim e comigo vos pede vossa fiel esposa Santa Rita.
Oh! sim, pela fidelidade com que Santa Rita sempre correspondeu à graça divina, por todos esses dons com os quais quisestes cumular sua alma, por tudo quanto sofreu em sua vida de esposa, de mãe, e como participante de vossa dolorosa paixão, concedei-me esta graça que me é tão necessária.
E vós, ó Virgem Maria, como nossa boa Mãe do céu, depositária dos tesouros divinos e dispensadora de todas as graças, sustentai com vossa poderosa intercessão a de vossa grande devota Santa Rita, para me alcançar de Deus a graça desejada. Assim seja!
 
NOVENA DE SANTA RITA
PRIMEIRO DIAEm nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó gloriosa Santa Rita, protetora nos casos impossíveis, diante de vós me prostro com humildade e confiança, a fim de que intercedais em meu favor junto do trono de Deus.
Compadecei-vos das minhas dificuldades e dores por aquela consolação celestial experimentada pelos vossos piedosos pais, quando, estéreis, dada a idade avançada que tinham, mereceram conceber-vos, qual dádiva preciosa do céu. Por isso e mais por aquele milagre das abelhas de doce sussurro, que enxamearam em derredor de vossos lábios ao recém-nascer, alcançai-me com o favor que imploro, a graça de compreender o sentido sobrenatural da dor, para poder utilizá-la em bem de minha salvação.
Três Pai Nossos, Ave e Glória.

Antífona – Exultou o espírito de Rita em Deus, seu Salvador, ao receber o Espinho de Cristo, seu Esposo.
V - Assinalastes, Senhor a vossa serva Rita.
R - Com o sinal da vossa caridade e paixão.

OREMOS
Ó Deus, que vos dignastes conceder à Santa Rita tamanha graça, que havendo ela vos imitado no amor de seus inimigos, trouxesse no coração e na fronte os sinais da vossa caridade e sofrimento, concedei, nós vos suplicamos, que pela sua intercessão e merecimentos amemos os nossos inimigos e, com o espinho da compunção, perenemente contemplemos as dores da vossa paixão. Por Cristo, Nosso Senhor Amém.

SEGUNDO DIAEm nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó ditosa Santa Rita, advogada e consoladora dos atribulados, com grande confiança recorro à vossa intercessão a fim de que obtenhais de Deus o favor de que necessito.
Pela heróica submissão aos vossos pais e ao vosso diretor espiritual, mediante a qual sacrificastes o lírio da virginal pureza ao estado matrimonial; assim como pela dor que experimentastes ao deixar o doméstico e solitário abrigo onde tantas consolações gozastes em contínuo colóquio com Deus - oh ! por tantos motivos de sofrimento, vos rogo que me alcanceis com a graça que imploro, o desprendimento das coisas mundanas e a mais firme esperança nas divinas promessas de Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

TERCEIRO DIAEm nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó Santa Rita, estupendo prodígio de fortaleza: com o coração nos lábios torno a pedir-vos que intercedais por mim a Deus, a fim de que, benigno, volva o seu olhar misericordioso sobre a minha atual atribulação.
Pelos gravíssimos insultos que recebestes, durante dezesseis anos de vosso esposo colérico e impetuoso, e pela dor que padecestes, quando barbaramente o mataram; e ainda mais pelo que sofrestes com a obstinada resolução dos vossos filhos determinados a vingar a morte do pai, peço-vos que obtenhais de Deus a necessária fortaleza para que a minha vontade, sempre animosa, nunca desfaleça no meio dos sofrimentos. Amém.

QUARTO DIAEm nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó Santa Rita, modelo de mansidão e intercessora poderosa nos casos impossíveis, de todo o coração me dirijo, outra vez a vossa valiosa proteção, para suplicar-vos auxilio nesta minha grande necessidade.
Pela profunda humildade com que superastes as repetidas repulsas da Superiora do Convento de Cássia, até merecerdes o milagre extraordinário de ser introduzida no mosteiro, a portas fechadas, pelos santos protetores, obtende-me de Deus que resiste aos soberbos e com os humildes distribui as suas dádivas, a graça de alcançar uma verdadeira humildade que me seja fundamento de todas as virtudes. Amém.

QUINTO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó Santa Rita vítima da caridade, pelo amor divino de que ora vos inflamais no céu escutai as minhas preces e tornai-as aceitáveis ao Senhor fazendo com que, benigno, volva o olhar, não sobre a minha indignidade, mas sobre a grande necessidade que me angustia.
Por todas as lágrimas que derramastes pelos pecadores, ocasião em que se vos manifestou a eficiência da oração para afastar da terra os divinos castigos que provocamos, rogai também por min ao Senhor, para que eu me torne digno de receber, com o favor que almejo, um verdadeira zelo e um constante amor pelas almas resgatadas pelo preciosíssimo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

SEXTO DIAEm nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó Santa Rita, perfeito modelo de obediência, favorecida com o dom dos milagres para serdes invocada nas extremas necessidades da vida pelos filhos da dor, - por amor da exatíssima obediência com que durante um ano inteiro regastes um lenho seco, de que milagrosamente brotou robustíssima videira, e bem assim pelos muitos milagres que Deus operou para premiar a vossa submissão às ordens dos vossos superiores - ó minha doce advogada, alcançai-me de Deus que eu submeta sempre a minha vontade ao seu divino querer, repetindo com a mente e o coração as palavras de Nosso Senhor "- Não a minha, mas a vossa vontade se faça!" Amém.

SÉTIMO DIAEm nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó Santa Rita, verdadeira mártir do Redentor, novamente vos imploro e não cessarei de fazê-lo até que me tenhais alcançado do vosso Divino Esposo a graça que tanto almejo.
Pelo dulcíssimo êxtase e pela acerba dor que sofrestes, quando em penhor de afeto o celeste Esposo vos transpassou a fronte com um dos espinhos de sua coroa alcançai-me do divino Redentor a graça que venho pedindo, e a de meditar frutuosamente a sua amarga paixão. Amém.

OITAVO DIAEm nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó afortunadíssima Santa Rita, que tão privilegiada fostes na terra, com grande amor e confiança venho rogar-vos que me tornei propício o Senhor Deus, concedendo-me a graça que imploro.
Pelos suavíssimos colóquios que de continuamente gozastes com Jesus e Maria, e pela vossa freqüente familiaridade com os bem-aventurados Anjos. Oh! alcançai-me de Jesus e Maria, a quem tanto amastes na terra, a graça que espero, e especialmente a de vê-los benignos nesta vida e favoráveis no momento da minha morte. Amém.

NONO DIAEm nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó querida Santa Rita, angustiado pela desventura, a vós me recomendo para que me não abandoneis junto do trono do Altíssimo, nesta tribulação demasiado amarga.
Eu vo-lo peço ditoso momento em que a vossa alma se apresentou perante o divino Juiz, rica de méritos, rica de virtudes; pelo inefável convite de aditar-vos na beatífica eternidade; pelos numerosos prodígios operados por Deus, mediante a vossa intercessão; assim pelo fausto anúncio do sino do mosteiro, o qual tangido por mãos angélicas, durante horas soou, magnificando o vosso ingresso triunfal no céu.
Ó minha querida advogada e doce protetora, em vós, depois de Deus, ponho o meu refúgio na minha atual necessidade. Com a encomenda da vida passada, alcançai-me o perdão de todos os meus pecados, para que me seja dado encontrar-me convosco um ma no céu. Amém.

ORAÇÃO PARA O DIA DO ENCERRAMENTOEm nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Angustiado e com a alma oprimida por graves infortúnios, apresento-me perante a vossa santa imagem, ó minha advogada, Santa Rita, para que não cesseis de interceder por mim.
Agora, que sois ditosa na fruição do Sumo Bem, orai por mim, para que Deus se digne de conceder-me a graça que infatigavelmente solicito, a fim de poder repetir com alegria e em verdade que sois de fato a "Advogada dos casos desesperados e impossíveis." Amém.